É julho, Bufão resolveu tirar férias, então aqui estou eu para preencher o vazio. Mas como eu sou foda e na cama eu te esculacho, eu trouxe uma coisa que vocês vão amar. Já pararam de pensar bobagem com essas mentes maliciosas? Senhoras, senhores, David Bowie, apresento a vocês o Paradoxo de Fausto.
O Paradoxo de Fausto foi desenvolvido com base em uma atração popular no Brasil (cujo nome não devo citar) e diz o seguinte: “certas coisas nesse mundo são tão ruins que não podem ser eliminadas ou substituídas”. Não sem causar um desequilíbrio cósmico. Enquanto vocês pensam em mil exemplos por aí, eu vou citar uns exemplos daqui.
A Bomba Atômica
Você pensa: “bomba atômica, que invenção do demônio, muita mancada jogar num lugar que já tem terremoto e tsunami toda semana, desgraça pouca é bobagem mesmo, O CERTO É VARRER DA TERRA ESSA PORCARIA”. Apliquemos o paradoxo de Fausto.
Substituir a bomba atômica por outra arma devastadora de destruição em massa parece uma colossal perda de tempo. Então vamos trocá-la por algo menos ameaçador, tipo… uma cesta de filhotes de golden retriever. Fofo, né?
O mundo respira aliviado pensando: “não tem mais bomba atômica no mundo! YAY!”
Cinco minutos depois, um cara lá no Paquistão pensa: “não tem mais bomba atômica no mundo! MUAHAHAHAHA!”
E, ao mesmo tempo, um cara na China. Um nos Estados Unidos. Um na Coréia do Norte. Além disso, uma superpopulação de golden retrievers ameaça o ecossistema global. Vinte horas e uma bomba não-atômica depois, três palavras para vocês: terceira guerra mundial. Com novas armas de destruição em massa de poder desconhecido e golden retrievers treinados para matar. Se simplesmente eliminássemos as bombas, aconteceria a mesma coisa, só que sem os exércitos de cachorros fofos e assassinos.
Para o bem ou para o mal, o mundo está adaptado à bomba atômica. Sem ela, é necessária uma nova ordem mundial. Consenso pacífico? Nem na Torre de Babel rolou. Era pra tá todo mundo falando esperanto. Mas esperanto é tosco e as pessoas não confiam umas nas outras.
A Corrupção
Mesmo esquema da bomba. Corrupção é ruim, vamos parar com isso. E se é pra parar, paremos em todos os níveis, claro. Isso aqui é uma democracia. Primeiro que Brasília ia virar Gotham City. Um monte de gente que não presta junto sem poder roubar… A escolha lógica é desrespeitar o próximo mandamento e começar a matar geral.
E o “jeitinho brasileiro”? Ah, também não pode mais existir, destruindo assim a identidade cultural de um país. A República Federativa do Brasil ia se tornar, sei lá, Anarquia dos Territórios Desunidos (porém Honestos) do Ex-Tupi. Ninguém é de ninguém. Ajude a construir o país e não ganhe nada. Quem quer? Imaginei…
Concluindo: NÃO sou a favor da bomba atômica nem da corrupção. Num mundo ideal, composto apenas por simples-camponeses-de-nobre-coração-que-vão-todo-dia-ao-bosque-recolher-lenha, o paradoxo de Fausto poderia ser ignorado. Mas ainda não chegamos lá. O negócio é esperar e ter fé na humanidade. Ato esse que também não pode ser substituído ou eliminado. E agora, como o contrato exige (¬¬):
Momento Navalha de Occam! As coisas ruins permancem porque elas defendem o interesse de alguém mais poderoso que você.
PÁ! In your face! Vontade de dar um tiro de 12 na cabeça toda vez que leio uma Navalha. Essas malditas tiram o rosa do meu mundo. Juro que não sou eu que escrevo, elas já vêm prontas! Contrato de merda…
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